segunda-feira, 11 de abril de 2011

Policiais que atuaram contra o massacre são promovidos no Rio

O terceiro-sargento Márcio Alexabdre Alves, que foi avisado pelo menino Alan Mendes Ferreira da Silva,13, e evitou uma tragédia ainda maior na Escola Estadual Tasso da Silveira, na última quinta-feira, em Realengo, zona oeste do Rio, será promovido a segundo-sargento.

O militar atirou contra Wellington Menezes de Oliveira, 23, evitando mais mortes. Doze crianças morreram.
A cerimônia acontecerá nesta terça-feira (12), às 9h30, no Quartel General da Polícia Militar, no centro. A assessoria da PM informou que o governador Sérgio Cabral (PMDB), o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, e o comandante da PM, coronel Mário Sérgio, estarão presentes.

O presidente em exercício, Michel Temer, também confirmou presença.

Os outros dois policiais que ajudaram Alves, os cabos Denilson Francisco de Paula e Ednei Feliciano da Silva, serão promovidos a terceiros-sargentos. O ato de bravura é a justificativa para a promoção.

Os militares policiais pertencem ao Batalhão de Polícia Rodoviária da cidade.

MASSACRE
 
A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira (7), após Wellington entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.

Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

Fonte: folha.com

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