A escala elaborada pela Agência Internacional de Energia Atômica classifica os acidentes nucleares e radiológicos de 1 a 7.
O Japão já tinha classificado o acidente nos reatores operados pela Tokyo Electric Power Co (TEPCO), cujos engenheiros ainda tentam estabilizar a usina, como nível 5, o mesmo estabelecido no acidente de 1979 em Three Mile Island, nos EUA.
Hiro Komae/AP | ||
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Em Fukushima, membro da Cruz Vermelha orienta prejudicado por causa da catástrofe natural que atingiu o Japão |
Um porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão disse, nesta terça-feira, que a classificação do acidente em Fukushima permanecia no nível 5, e que ele não tinha conhecimento de elevação do nível.
NOVO TERREMOTO
Um forte terremoto de 7,1 graus foi registrado nesta segunda-feira no nordeste do Japão, perto da central nuclear de Fukushima, exatamente um mês depois da catástrofe que provocou milhares de mortes. As autoridades chegaram a emitir um alerta de tsunami, suspenso pouco depois.
Como precaução, os funcionários da central de Fukushima foram retirados da usina, e a energia elétrica do local foi cortada, anunciou a Tepco (Tokyo Electric Power Co.), proprietária da central.
'A empresa ordenou aos trabalhadores que saíssem e se refugiassem em um edifício resistente a terremotos', afirmou um porta-voz da Tepco. 'A injeção de água para resfriar os três reatores foi suspensa quando a energia elétrica foi cortada', completou.
Momentos depois, a Agência de Segurança Nuclear japonesa anunciou que o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido.
O tremor aconteceu às 17h16 (5h16 de Brasília), e o epicentro foi localizado a 10 km de profundidade, informou o Centro de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).
O terremoto ocorreu ao sul do município de Fukushima, afetado há exatamente um mês por tremor de 9,0 graus, seguido de um devastador tsunami.
ISOLAMENTO
O Japão expandiu, nesta segunda-feira, a zona de isolamento ao redor do complexo nuclear danificado pelo terremoto e pelo tsunami do mês passado devido ao alto nível de radiação acumulada, depois que uma série de réplicas do tremor voltaram a sacudir a região leste do país.
O governo anunciou mais cedo que, devido à contaminação por radiação, encorajaria as pessoas a deixar algumas áreas além da área de exclusão de 20 quilômetros da usina.
Tepco/AFP | ||
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Imagem registrada pela Tepco do prédio onde está o quarto reator da usina nuclear de Fukushima |
"Os novos planos de retirada visam garantir a segurança contra os riscos de morar lá por meio ano ou um ano", disse ele, acrescentando não haver necessidade de retirada imediata.
TCHERNOBIL
O acidente da usina nuclear de Tchernobil, norte da Ucrânia, em 1986, é considerado o pior da história. A explosão foi de nível 7, o topo da classificação da Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos.
A usina de Tchernobil, construída pela antiga União Soviética na década de 1970, explodiu durante um teste de segurança.
A explosão de um reator liberou uma grande quantidade de material radioativo no solo e na atmosfera. Ao menos 50 pessoas morreram imediatamente, e houve aproximadamente 4.000 casos de câncer provocados pela radiação.
As autoridades soviéticas tentaram "abafar" o estrago, o que aumentou a contaminação. O acidente fez com que o mundo passasse a questionar o uso da energia nuclear.
Fonte: folha.com
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