segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Índice de mortes violentas cresce 11,7% em Santa Catarina

Dados divulgados pela SSP abrangem período de janeiro a setembro

A violência aumentou em Santa Catarina em 2010. Do início do ano até esta segunda-feira, houve crescimento de 11,7% no índice de mortes violentas em relação ao mesmo período do ano passado.

Na comparação de setembro deste ano e de 2009, a escalada do crime foi ainda maior: de 25%. O estudo inclui assassinatos, latrocínios (roubos seguidos de morte) e mortes em confronto com a polícia.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo secretário da Segurança Pública e Defesa do Cidadão (SSP), André Luis Mendes da Silveira. À tarde, em Florianópolis, ele reuniu a cúpula da segurança em seu gabinete para apresentar a estatística e também planejar e cobrar ações de combate à criminalidade.

André anunciou que continuará priorizando as operações integradas entre as polícias para prender foragidos. Desde julho, 891 pessoas foram presas no Estado. O secretário pediu empenho específico dos comandos das polícias Civil e Militar para conter a violência em 13 cidades catarinenses.

Nesses lugares, em que não aparecem Florianópolis e Joinville (o maior município), a quantidade de mortes ocorridas este ano superou a marca registrada em todos os meses do ano passado. Para o secretário, além do tráfico de drogas, o problema da criminalidade reflete questões sociais como a favelização e a baixa escolaridade.

— As ocupações irregulares também geram o grande fomento da criminalidade. Por isso é necessário o envolvimento das prefeituras em segurança pública — disse o secretário, citando invasões, por exemplo, no Norte da Ilha, em Florianópolis.

O diretor de inteligência da SSP, Fernando Caieron, afirmou que é preciso discutir o problema com representantes de outras áreas, como a educação. Um estudo da SSP feito entre março e agosto deste ano mostrou a baixa escolaridade dos autores de mortes violentas. Em 42% dos casos eles tinham apenas o ensino fundamental incompleto. Outros 13% tinham concluído apenas o ensino fundamental.

Diário Catarinense - Diogo Vargas

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