sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Cinco marcas de pescados congelados vendidos na Grande Florianópolis são reprovadas em teste

Produtos continham quantidade irregular de gelo e peso líquido nas embalagens

Uma análise do Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro) reprovou cinco marcas de pescados congelados vendidos em redes de supermercados da Grande Florianópolis. Os produtos analisados continham irregularidades na quantidade de gelo e de peso líquido informado nas embalagens.

Em algumas amostras, a embalagem indicava a quantidade de um quilo de peso líquido de produto quando, na realidade, havia apenas 620 gramas de pescado.

Foram examinados 14 produtos de oito marcas, e 11 deles foram reprovados por meio de laudo do instituto. Os resultados consideraram as médias de 14 a 20 amostras de cada produto analisado (veja o resultado na tabela abaixo).

Para o preparo dos pescados congelados, como filés de peixe e camarões descascados, o produto deve passar por uma etapa chamada de
glaciamento para a formação de uma película protetora.

— O glaciamento aumenta o peso do alimento, aceitando-se, assim, a existência de certa quantidade de gelo no interior das embalagens. Contudo, o fabricante deve informar o peso líquido do pescado, sem levar em consideração a quantidade de água ou glacê nele aplicadas, assim como o peso da embalagem — alerta o Coordenador-Geral do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC), Promotor de Justiça Rodrigo Cunha Amorim.

O Imetro expediu auto de infração contra as empresas responsáveis pelos produtos reprovados. Os laudos serão encaminhados ao Ministério da Agricultura e à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para instauração de procedimento administrativo.

O documento deve ser enviado também para a Promotoria de Justiça com atribuição na área da defesa do consumidor, para as providências judiciais ou extrajudiciais cabíveis, e para análises do Departamento de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça.

Empresas ainda não foram notificadas

A Leardini informa que ainda não foi notificada oficialmente e esclarece que a película de água protetora é utilizada em seus produtos congelados, sempre com a devida compensação. A empresa afirma que, quando receber o comunicado oficial, irá identificar e avaliar o lote dos produtos em questão e, se for comprovada alguma falha operacional, tomará as providências cabíveis para que isso não volte a ocorrer.

Valdir Hohn Júnior, proprietário da Aromas do Mar, que teve reprovados o filé de abrotéa e o filé de congrio rosa, afirma que também não recebeu nenhuma notificação, e que só a partir do momento em que for informado, irá planejar as próximas ações.

O proprietário da Beira Rio Pescados, Cesar Sebastião Pereira, empresa que teve o filé de linguado, o camarão para molho e o filé de pescada reprovados, alega que os produtos irregulares foram comprados de terceiros e apenas embalados pela Beira Rio. Ele afirma que ainda não foi oficialmente notificado das irregularidades.

Representantes das empresas Souza Pescados e New Fish, que também tiveram produtos reprovados, não foram localizados.

Operações

A análise dos produtos foi feita na Operação Esquimó, em ação conjunta do MPSC, Imetro, Ministério da Agricultura e Cidasc.

Em 2009, uma outra operação, denominada de Alasca, encontrou as mesmas irregularidades em produtos vendidos em supermercados da Grande Florianópolis.

DIARIO.COM.BR
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Fotos da neve em Santa Catarina e Rio Grande do Sul – 04 de agosto de 2010 http://bit.ly/bxLWVJ  e  http://bit.ly/abo4eu

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