Em torno de 400 policiais participam da ação em nove estados e Distrito Federal
A operação Tapete Persa da Polícia Federal tem pelo menos 20 presos. O número, divulgado nesta tarde durante entrevista coletiva em Brasília, é apontado pelo órgão como recorde nesse tipo de ação de combate à pedofilia e abuso sexual.
A Polícia Federal informou que já foram realizados três indiciamentos, mas que os suspeitos ainda não foram localizados. Entre os presos estão quatro idosos e um coronel da Polícia Militar. A operação ainda não terminou, mas ao final a estimativa é que sejam cumpridos 81 mandados de busca e apreensão no país.
Segundo o chefe do Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet da PF, delegado Stênio Santos Souza, foram apreendidas armas e drogas na casa de suspeitos. Além disso, foram recolhidos materiais em vídeo que mostram abusos cometidos contra crianças.
— São imagens degradantes que fazem com que a gente sinta que há menos humanidade no mundo. Essa impressão é passada pela facilidade com que esse material é propagado pela internet — disse Souza.
Em torno de 400 policiais participam dos trabalhos em 54 cidades de nove estados (Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo) e no Distrito Federal.
No Rio Grande do Sul, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Pelotas. Foram apreendidos HDs de computadores, fotos, notebook, câmera filmadora e mídias (CDs, DVDs e Fitas).
Em Santa Catarina, foram apreendidos quatro HDs de computadores e desenhos pornográficos envolvendo crianças em uma casa em Florianópolis. O proprietário do material tem 40 anos. Ele não foi preso, mas responderá inquérito policial pelo artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cuja pena varia de três a seis anos de prisão e multa.
A operação deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal combate a exploração, o abuso sexual e a pedofilia na internet. A ação policial foi batizada de "Tapete Persa" em alusão à rede de pedofilia investigada, que utiliza imagens de crianças com tapetes ao fundo.
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