PMDB do Estado decidiu apoiar candidatura e indicar vice de Raimundo Colombo, do DEM
O presidente do PMDB, Michel Temer, sinalizou nesta terça-feira (29), que poderá colocar panos quentes na crise aberta com o diretório estadual do partido em Santa Catarina. O imbróglio se intensificou no último sábado (26), quando a Convenção Estadual aprovou o nome de Eduardo Pinho Moreira, que preside o PMDB no Estado, para ser vice na chapa de Raimundo Colombo (DEM).
A aliança regional contraria a posição nacional do PMDB de apoio ao PT. Em Santa Catarina, a candidata petista é a senadora Ideli Salvatti. Com a decisão, o PMDB nacional abriu processos de intervenção no Estado para derrubar o apoio ao DEM e estudar a expulsão de Moreira do partido.
A palavra final caberá à Executiva Nacional, que se reúne nesta quarta-feira (30), último dia para selar as coligações nos Estados.
Hoje, Temer se reuniu com o ministro petista Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que participa das negociações entre os dois partidos em torno das alianças. Após o encontro, Temer confirmou que, para o PT, não há necessidade de intervenção, pois "não modifica o quadro em favor da candidatura da Dilma".
- Não muda nada, no ritmo em que vai a candidatura Dilma, eu acho que o eleitor vai escolhendo dentro das composições.
O apelo do PT pela não intervenção tem como pano de fundo a delicada situação em outro Estado, o Maranhão. Lá, foi o próprio PT que, neste mês, interveio no diretório estadual para forçar o apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) ao governo.
Em março, o PT estadual havia decidido apoiar Flávio Dino (PC do B). Diante do impasse, a Executiva nacional petista acabou liberando seus militantes no Estado para apoiar o comunista. A tendência agora, é que o PMDB faça o mesmo em Santa Catarina com Colombo.
A possibilidade de o PMDB desmanchar a aliança com os democratas em Santa Catarina também fez com que o DEM ameaçasse retirar o apoio a Roseana no Maranhão.
Se isso acontecer, Roseana perderá 2min37 de sua propaganda diária de TV e rádio. Confrontado com o risco, Temer contemporizou.
- Se houver uma solução que beneficie a coligação lá do Maranhão, é claro que nós vamos procurar também essa composição. Nós não queremos prejudicar ninguém.
Tocantins
Na reunião com Padilha, ficou acertado ainda que o PT vai abrir mão da candidatura própria no Tocantins para apoiar o candidato do PMDB, o governador Carlos Gaguim.
- Eu acredito que as condições estão dadas para que PT e PMDB estejam num único palanque no Estado do Tocantins apoiando o candidato que está mais bem colocado [nas pesquisas], que é o governador Gaguim.
Temer negou que o PMDB tenha exigido o apoio, como mais uma condição para o partido apoiar Dilma.
- O PMDB não exige, o PMDB articula. [A solução] está caminhando numa direção pela qual o governador Gaguim vá para a reeleição, com uma das vagas ao Senado sendo entregue ao PT.
R7 Notícias
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