Ações do homem e chuvas de 2008 são os principais problemas
Foto: Rafaela Martins
O laudo oficial do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) indicou que a ação do homem aliada à grande quantidade de chuva que caiu entre agosto e novembro de 2008 foram os responsáveis pelo deslizamento do morro na Rua Mato Grosso, em Pomerode. O laudo foi entregue segunda-feira, no final da tarde, à Defesa Civil de Pomerode.
No documento também constam as medidas que devem ser tomadas a partir de agora para estabilizar totalmente o local - desde a semana passada, o morro cede entre dois ou três centímetros por dia - e manter as famílias e trabalhadores dos arredores em segurança. Nesta terça-feira, o desnível do morro está em cerca de 10 metros.
Monitoramento e novos estudos devem ser feitos
O Ceped indicou que a Defesa Civil de Pomerode continue monitorando as casas da região e a empresa. Por enquanto, não há risco, pois o morro está estabilizado. A exceção é caso ocorra chuva intensa, com 50 ou 60 milímetros por hora.
O laudo também pede que se faça um estudo para saber a profundidade das fendas antes de fazer qualquer tipo de obra no local. Uma empresa especializada irá a Pomerode quinta-feira, para começar este estudo.
Aterramentos e cortes no morro são apontados como causas
Entre as ações do homem está a retirada de barro de um lado e a abertura de uma estrada que cortou o lado aposto do morro, modificando a estrutura original. Além disso, no terreno ao pé do morro foram feitos os aterramentos de uma lagoa e de um banhado, que devido à estiagem diminuiu de volume e acabou se acomodando, abrindo espaço para a terra do morro, mais pesada, descer.
Em relação às chuvas de 2008, o laudo indica que ela foi um agravante que causou a instabilidade do solo já naquela época. Porém, com o resultado aparecendo somente agora.
JORNAL DE SANTA CATARINA
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