quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cidade americana aprova produção de maconha em grande escala

O Conselho Municipal da cidade de Oakland, no Estado americano da Califórnia, aprovou um plano que permitirá o cultivo em grande escala de maconha e sua comercialização.

A medida foi aprovada ontem por cinco votos a dois, com uma abstenção, permitirá a produção, o processamento e o empacotamento da maconha.

A decisão foi adotada após um longo debate no qual representantes dos pequenos produtores reclamaram que iriam ficar afastados do negócio.

Segundo a edição do diário "The San Francisco Chronicle" os vereadores de Oakland levaram em conta os temores dos pequenos produtores de maconha e prometeram que estabelecerão regras mais específicas para as pequenas e médias plantações até o final o ano.

O governo dos Estados Unidos calcula que a produção de maconha no país cresceu de quase mil toneladas em 1981 para perto de dez mil toneladas em 2006.

O site "Drugscience.org", que promove a reforma das leis federais americanas sobre a maconha, diz que a produção nacional da erva vale US$ 35,8 bilhões, ou seja, mais que as colheitas combinadas de milho e trigo.

LEGALIZAÇÃO

Os membros do conselho municipal de Oakland e os promotores da regulação dos cultivos de maconha consideram que a melhor política é uma legalização que gerará arrecadações para o governo e que garantirá o cumprimento dos códigos sobre segurança de edifícios, incêndios e normas trabalhistas.

"É importante que Oakland seja uma parte vital do crescimento e do desenvolvimento de estabelecimentos que operam com licença", disse a vereadora Rebecca Kaplan.

Quem está há mais tempo no negócio acham que os cultivos em grande escala aumentarão os custos e deteriorarão a qualidade da maconha que os eleitores da Califórnia definiram em 1996 como uma planta medicinal.

O crítico mais influente das novas normas foi Steve DeAngelo, proprietário do centro de saúde Harborside, em Oakland, local de maior uso de maconha para fins médicos nos EUA.

A clínica compra maconha de 500 produtores diferentes e, por isso, oferece ao redor de 100 variedades. DeAngelo opina que as permissões e regulamentações levarão a operações de grande escala que reduzirão as variedades.

Folha.com.br

Mais notícias: http://bit.ly/bplp50

Nenhum comentário: