Eleições - PMDB reavalia estratégia no Estado

Diretório estadual volta a estudar aliança com o DEM

BRASÍLIA - Doze horas após garantir à cúpula do PMDB o fim da união com o DEM, a direção do partido em SC voltou a flertar com a possibilidade de apoiar o senador Raimundo Colombo para o governo estadual. Em café da manhã ontem, os peemedebistas comunicaram ao presidente Michel Temer que vão levar para a convenção de sábado duas alternativas: a candidatura própria ou a coligação com os democratas.

A decisão surpreendeu caciques do PMDB. Com o respaldo dos senadores Hélio Costa (MG) e Renan Calheiros (AL), Temer alertou os catarinenses sobre os riscos de uma eventual vitória do grupo do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.

– Se prosperar um resultado que não seja a candidatura própria, haverá interdição e anularemos a convenção - advertiu o vice na chapa de Dilma Rousseff (PT).

Na tentativa de tranquilizar os líderes nacionais, os deputados Mauro Mariani, João Matos, Valdir Colatto e o senador Neuto de Couto garantiram a Temer que tentariam encontrar um nome de consenso para ser aclamado na convenção. Eles se reúnem hoje pela manhã, em Florianópolis. Os parlamentares explicaram ao presidente do PMDB que era preciso apresentar duas alternativas para não criar uma crise maior no diretório, já que Luiz Henrique estava disposto a defender até o fim a coligação.

Desconfiado, Temer ligou para Matos procurando informações sobre os movimentos de Luiz Henrique e a possibilidade de o diretório estadual questionar na Justiça a imposição da cúpula partidária. Mais cedo, a senadora Ideli Salvatti (PT) havia sondado Mariani. A indefinição no PMDB é acompanhada pelo Planalto e pelo comitê de Dilma. No Congresso, parlamentares reclamam sobre especulações de que o governo federal queria cortar emendas parlamentares dos deputados afinados com Luiz Henrique.

Fonte: Jornal de Santa Catarina