Comitê Multidisciplinar Independente sobre o Sistema Brasileiro de Votação Eletrônica apresentou relatório que aponta falhas consideradas gravíssimas no programa de urnas eletrônicas adotado no Brasil. O documento foi entregue ao vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa.
O comitê diz que é impossível auditar, de maneira isenta, o resultado da apuração dos votos nas urnas eletrônicas. “Caso ocorra uma infiltração criminosa determinada a fraudar as eleições, restou evidente que a fiscalização externa dos partidos, da OAB e do MP, de modo como é permitida, será incapaz de detectá-la”, diz o relatório. “Esta impossibilidade de auditoria independente do resultado eleitoral é que levou à rejeição de nossas urnas eletrônicas em todos os mais de 50 países que a estudaram”, acrescenta.
Segundo o professor de Criptografia e Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Rezende, o modelo atual privilegia rapidez em detrimento da segurança de informações. “O sistema troca coisas supérfulas como a rapidez e a visibilidade de espetáculo pela certeza de uma apuração correta", denuncia. "Precisamos ficar atentos, pois isso pode corroer a democracia”, afirma.
O número de envolvidos no processo eleitoral também é visto como vilão. “Há exagerada concentração de poderes, resultando em comprometimento do princípio da publicidade e da soberania do eleitor, em poder conhecer e avaliar, o destino do seu voto”, afirma o relatório. “Nossa intenção é buscar transparência em todos os níveis da votação”, garante Rezende. “Quem critica o sistema eleitoral brasileiro é alvo de preconceito. Existe um tabu em se falar sobre o tema com esse nível de franqueza”, conclui.
A URNA ELETRÔNICA
As urnas eletrônicas chegaram ao Brasil em 1996 para facilitar e agilizar o processo de votação e apuração dos votos. Já no primeiro ano de implantação, alcançaram 33 milhões de eleitores. Em 1998, ano de eleição geral, 75 milhões de pessoas puderam votar por meio do sistema informatizado. Desde então, os números não param de crescer. A urna eletrônica passou a ser utilizada em todos os municípios do país em 2000. Nas últimas eleições, os votos foram apurados em vinte horas, tempo recorde para a Justiça Eleitoral brasileira.
Fonte: Universidade de Brasília – link para a matéria completa http://bit.ly/a6zczL
Um comentário:
urna eletronica brasileira ninguem quer, mais de 50 paises vieram e nenhum levou rsrsr, é ta feio pro TSE vender os caça niqueis(votos), só o Brasil não tem recontagem... pesquisem no google fraude em urnas eletronicas
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