Crime ocorreu ontem à noite em bar da Rua Bahia. Suspeito bebia com as vítimas antes de disparar
BLUMENAU - A festa no Paiol Lanches terminou mais cedo ontem à noite. Por volta das 21h, a roda de amigos no bar do Bairro do Salto se desfez e o clima de alegria deu lugar ao pânico. Três tiros disparados à queima-roupa mataram Nilton Sedrez, 53 anos, e Francisco de Andrade, o Bola, um homem com cerca de 40 anos. Foram mortos por um jovem conhecido como Betinho, que estava entre o grupo, acompanhado de uma moça. Com os crimes, já são 13 assassinatos este ano em Blumenau.
Ao disparar duas vezes contra o rosto de Sedrez e o peito de Bola, o suspeito correu. Assustados e sem saber o que fazer, os que estavam no bar viram o jovem, frequentador da casa, correr para o mato. Até o fechamento desta edição, ele não havia sido localizado, mas a Polícia Militar continuava a procurá-lo. Os corpos seriam levados ao Instituto Geral de Perícias (IGP).
O motivo do crime, ninguém sabia ao certo. Nilmar Correia, dono do estabelecimento, estava no balcão do bar quando ouviu os disparos. Correu para socorrer as vítimas. Era tarde demais.
O crime atraiu dezenas de curiosos que passavam pela Rua Bahia. Creuza de Castro Leão, no entanto, daria a própria vida para jamais ter pisado naquele local. Assim que chegou ao bar e soube que o irmão havia morrido, desesperou-se:
– Meu irmão, não. Quem matou ele? Ai, Jesus, me ajuda.
Aos gritos e enquanto caminhava de um lado para o outro, tentava engolir a notícia que havia acabado de receber.
– Eu tinha chegado da igreja e me ligaram pedindo para eu vir para cá porque ele (Sedrez) estava envolvido em uma briga. Achei que era discussão de família e vim ajudar.
Sedrez morava em uma casa nos fundos dos bar e há dois anos alugava o espaço em frente para o proprietário do estabelecimento.
FONTE: JORNAL DE SANTA CATARINA
Nota: Nilton Sedrez, mais conhecido por Prechéca, deixou esposa e sete filhos.
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