quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PF prende contador de Gaspar acusado de desvio de cargas

Um contador da cidade de Gaspar foi detido na manhã desta quarta-feira, 6, durante uma mega operação da Polícia Federal para repressão criminal de desvios de carga no Porto de Paranaguá, no Paraná.

O nome do contador não foi divulgado pela polícia, porém, o profissional está detido e presta depoimentos na sede da Polícia Federal da cidade de Itajaí.

Denominada Operação Colônia, a ação foi deflagrada nesta quarta-feira e cumpre 121 mandados de prisão preventiva e 98 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo a fim de desmantelar quadrilhas que atuavam em desvios de carga na cidade de Paranaguá.

A operação foi iniciada após diversas denúncias encaminhadas por empresas que haviam sido lesadas em centenas de milhares de reais pelos criminosos. Informações repassadas pela assessoria de imprensa da Polícia Federal do Paraná, revelam que após intensas investigações, a polícia constatou que somente em Paranaguá seis quadrilhas desviaram neste ano cerca de duas mil toneladas de cargas diversas (grãos, fertilizantes, óleo de soja, etc.), causando um prejuízo de milhões de reais a diversas empresas.

Os criminosos utilizam diversos métodos para executar os crimes: lançamento fictício de descargas nos sistemas de terminais portuários, substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor e carregamentos de caminhões com placas clonadas e documentos falsos que nunca chegam ao destino.

As quadrilhas são formadas por caminhoneiros, funcionários de terminais portuários, donos de empresas de fachada para emissão de notas frias e pelos receptadores, além de vários criminosos intermediários que informavam sobre as cargas a serem desviadas e aliciavam balanceiros de empresas e transportadoras.

Também há mandados de prisão preventiva expedidos contra três policiais civis envolvidos em extorsão e prevaricação (dois de Curitiba e um de Paranaguá), bem como contra um advogado de Paranaguá que coordenava desvios e aliciava balanceiros. Há também mandado em face de um fiscal da receita estadual.

As empresas lesadas não terão seus nomes divulgados, mas serão contatadas nos próximos dias a auxiliarem nas investigações e fornecerem mais documentação comprobatória dos crimes.

Também foi constatado que algumas das quadrilhas investigadas e de outras também agiam em SC, SP, MT e GO, seguindo posteriormente as provas ao MINISTÉRIO PÚBLICO e ao JUÍZO CRIMINAL para as providências cabíveis e encaminhamento às Comarcas respectivas, devendo ser decretadas mais prisões nos próximos dias.

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