terça-feira, 31 de agosto de 2010

Governo do RS distribuirá manual contra suicídios

Porto Alegre é a capital brasileira com maior taxa desse tipo de morte

O Rio Grande do Sul vai começar a distribuir um manual de prevenção ao suicídio a partir de outubro deste ano. A meta é reduzir o número de mortes em pelo menos 20% nos próximos dois anos.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (30), em reunião com autoridades e especialistas, após uma pesquisa ter apontado o Estado como líder no país desse tipo de morte.

Para que os profissionais da saúde possam perceber melhor os sinais de que pacientes possam se suicidar, técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), ligado à Secretaria Estadual da Saúde (SES), do Programa de Prevenção da Violência (PPV) e professores do mestrado em Saúde da Família da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, decidiram elaborar um manual de promoção da vida e de prevenção.

A cartilha é resultado de um projeto piloto, financiado pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Secretaria Estadual da Saúde. Ela deve ajudar professores e agentes comunitários de saúde, do Programa de Saúde da Família (PSF) e da Brigada Militar de quatro municípios gaúchos que aceitem participar da iniciativa: Candelária, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e São Lourenço do Sul.

A previsão é de que o manual seja lançado durante a 56ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece entre os dias 29 de outubro e 15 de novembro. Conforme explica a chefe do Núcleo de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Cevs, Tânia Santos, o manual será dirigido e distribuído gratuitamente a profissionais de diversas áreas, mas principalmente vinculados à saúde e à educação.

Dados preocupantes

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, somente em 2009, 1.151 suicídios foram registrados no Rio Grande do Sul. Entres as capitais brasileiras, Porto Alegre tem o mais alto índice. Proporcionalmente, cinco municípios do interior têm os maiores níveis: Santa Rosa, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul, Candelária e Santiago.

Segundo Ricardo Nogueira, coordenador do Centro de Promoção da Vida do Estado, "nestas cidades, a quantidade de casos destoa da média nacional e alcança patamares semelhantes aos de nações como o Japão, onde historicamente o número de suicídios é recorde".
Segundo o psiquiatra, toda a rede de saúde do Rio Grande do Sul está sendo capacitada para prevenir o suicídio. Apesar de liderar o ranking entre as capitais do país, Porto Alegre, proporcionalmente, tem um índice de mortes do gênero menor em comparação com municípios do interior do Estado.
Nos últimos quatro anos, aumentou o número de casos entre jovens de 15 a 29 anos. O uso do crack e o consumo excessivo de álcool podem ser algumas das razões para o crescimento.

Entre as principais orientações para amigos e familiares, está a de não ignorar as ameaças de suicídio.

R7

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