quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Brasileiros e equatorianos são a maioria entre 72 mortos no México

Sobrevivente de massacre diz que imigrantes recusaram oferta de traficantes

  Jesus Alcazar/24.08.2010/AFPimageA maior parte dos 72 cadáveres encontrados pela Marinha mexicana em uma fazenda no Estado de Tamaulipas, nesta terça-feira (24), é de imigrantes brasileiros e equatorianos, informou nesta quarta-feira (25) um sobrevivente que pediu para não ser identificado.

Procurado pelo R7, o Ministério das Relações Exteriores disse não ter ainda confirmado a informação. Afirmou também que a Embaixada no México está consultando as autoridades locais sobre o assunto.
A testemunha relatou a promotores que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso quando tentavam chegar à fronteira com os Estados Unidos. Ele disse ser um imigrante ilegal vindo do Equador que teria escapado da ação.

Segundo o sobrevivente, os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas e resolveram assassinar os imigrantes após eles recusarem a oferta de trabalhar como matadores de aluguel para a organização criminosa.
As vítimas, 58 homens e 14 mulheres e entre os quais havia também centro-americanos, teriam entrado pelo Estado de Chiapas, na fronteira com a Guatemala, e conseguido chegar a Tamaulipas, na divisa com o Estado americano do Texas.

México sofre onda de violência

Ao escapar, o sobrevivente recebeu ferimentos de bala e foi procurar apoio médico, relatando a história. Após um tiroteio entre as forças de ordem e os membros do grupo criminoso - durante o qual morreram um militar e três integrantes do bando - os corpos foram encontrados.
As autoridades detiveram um menor de idade na fazenda, onde também foi recolhido um arsenal com ao menos 21 armas de grosso calibre, fuzis, escopetas, rifles e carregadores.

Nos últimos anos, o México vem assistindo a uma escalada de violência por conflitos das forças de ordem com os carteis narcotraficantes, e entre os próprios grupos ilegais.
Desde dezembro de 2006, quando o presidente Felipe Calderón mobilizou as Forças Armadas para combater os criminosos, já foram assassinadas pelo menos 28 mil pessoas no país, de acordo com dados oficiais.

R7

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