Intervenção ajudou a afastar a ação de viciados, traficantes e pessoas suspeitas
Em meio à já rotineira sensação de insegurança, os comerciantes da Rua Humberto de Campos finalmente aparentam alívio, um mês após a intervenção direta da Polícia Militar na rotina de pedintes e traficantes na área da Feira Livre Municipal, em Blumenau.
Feirantes e clientes garantem que as rondas frequentes e a abordagem dos policiais ajudaram a afastar a ação de viciados e pessoas suspeitas. As brigas constantes entre andarilhos também não têm sido percebidas pelos comerciantes.
Apesar da melhora, pedintes continuam a aparecer após às 19h, ainda que em menor número. A presença é mais frequente nos finais de semana e em dias de eventos no Parque Vila Germânica. Eles pedem dinheiro e comida ou se oferecem para cuidar dos carros estacionados próximo ao parque.
— A chegada da polícia ajudou a afastar a sensação de insegurança. Não está perfeito, mas houve uma melhora de 70% — conta o feirante Fabiano Wahldrich.
Presidente da Associação dos Feirantes da Rua Humberto de Campos, Evandro Freygang reforça que a presença dos policiais estimulou o retorno de clientes que se sentiam temerosos em circular pela área.
Intervenção
No início do mês, a Polícia Militar montou uma base provisória na esquina das ruas Humberto de Campos e Mariana Bronnemann. Para o local, foram deslocados 20 agentes, além de viaturas e policiais à paisana. A instalação da unidade havia sido decidida em reunião com os comerciantes. Entretanto, foi desativada seis dias depois de entrar em operação, por dificuldades de manter a estrutura com o contingente reduzido.
Desde que foi feito o deslocamento de policiais para a área, houve a ampliação dos trabalhos de investigação sobre os responsáveis pelo tráfico de drogas nas imediações. De acordo com o comandante do 10º Batalhão da PM, tenente-coronel Álvaro Luiz Alves, três pedidos de prisão preventiva já estão sendo encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia e para o Ministério Público. Tratam-se de um jovem e um casal, apontados pela polícia como os principais traficantes da Feira Livre Municipal e do Parque Ramiro Ruediger.
Eles já foram abordados diversas vezes, mas como sempre são encontrados com pouca quantidade de crack, não são autuados em flagrante. Apenas o casal já tem 15 passagens pela polícia. Resultado das investigações, um homem foi preso semana passada acusado de ser responsável por 80% dos furtos registrados nas imediações do Bairro Victor Konder e da Vila Germânica. No sábado, outro traficante foi detido, considerado principal fornecedor de crack da área.
Medidas para manter a segurança
Bike Patrulha — oito policiais militares, quatro pela manhã e quatro à tarde, circulam diariamente de bicicleta nas imediações do Parque Vila Germânica, Rua Alberto Stein, Mariana Bronnemann, Humberto de Campos e Feira Livre Municipal. Eles abordam pedintes e pessoas suspeitas que circulam pela área.
Rondas constantes — Uma viatura da área central e do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) são deslocados para a Humberto de Campos para rondas rotineiras. As rondas também têm sido feitas com oito motos
Reativação de base — O posto da Polícia Comunitária do Centro, instalado na Vila Germânica, foi reativado. Ele está sendo utilizado como base de descanso dos policiais e parada das viaturas. E conta com um policial permanente, das 7h às 19h
Rede de informações — Policiais estão trocando informações com comerciantes para identificar pessoas suspeitas que circulam no local. Um número de telefone é disponibilizado para ser acionado em caso de emergência. Em troca, a polícia solicita aos empresários que registrem por meio de filmagem, fotografias e anotações dados sobre suspeitos, além de boletins de ocorrência em caso de furtos
Serviço de inteligência — Diariamente, uma dupla de policiais militares à paisana é designada para investigar a ação de traficantes desde o Parque Ramiro Ruediger à Rua Humberto de Campos. Eles atuam principalmente entre o final da tarde e a madrugada. A Polícia Militar trabalha em parceria com a 1ª Delegacia de Polícia e com o Ministério Público Estadual nas investigações
Jornal de Santa Catarina – Reportagem: Cristian Weiss
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