segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vendedores não sabem o que fazer com as vuvuzelas

Nas barracas do Green Market, na Cidade do Cabo, produtos africanos como as máscaras de Camarões, os bonecos Zulu e os colares Masai passam a reconquistar o espaço perdido para as vuvuzelas.

As coloridas cornetas de plástico, um símbolo da Copa do Mundo na África do Sul, estão quase abandonadas nos cantos das barracas ou foram colocadas dentro de caixas conforme a febre que assolou o país diminuiu.

A situação piorou após a importação maciça das cornetas fabricadas na China, o que derrubou o preço unitário das vuvuzelas.

"O que eu vou fazer com todas essas vuvuzelas?" disse o dono de barraca Amadou Sise. Ele espera que visitantes passem a comprar, antes de irem embora, como lembranças para seus amigos. "Um homem dos Estados Unidos acabou de comprar 15 para levar para a sua casa, mas, além disso, não estou vendendo muito", contou.

As vuvuzelas são duras e resistentes a água. Os novos modelos vieram com uma corda para que o usuário a prenda sobre o ombro, o que faz ainda mais difícil perder o instrumento.

"Nós precisamos que os chineses venham e as levem de volta. Ou podemos derretê-las e usá-las para algo útil como copos ou pratos", ironizou Ochi Nyamori, outro vendedor.

Evelyn Marshall, do Zimbábue, não vendeu nenhuma vuvuzela nesta semana, dizendo que as vendas diminuíram após a eliminação da África do Sul, que ocorreu ainda na fase de grupos. "Eu coloquei os meus produtos africanos de volta ao centro da banca", revelou, apontando para uma coleção de estátuas entalhadas e cestas Zulu.

Mas para aqueles turistas que acabaram de chegar ao país, ainda é um acessório obrigatório. "Eu comprei a minha em uma esquina quando eu chegava do aeroporto", disse o estudante australiano Sam Banting, 22, mostrando a sua vuvuzela verde escura com um adesivo da África do Sul.

Aqueles que estão no país há mais tempo, no entanto, a novidade está começando a perder a graça. "Eu tenho uma, mas deixei no hotel. Estou cansado do som", disse o alemão Hanno Weiss, 21.

                                         Arte Folha10166407 Fonte: Folha.com

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