A VERDADE SOBRE A RECONSTRUÇÃO

Artigo publicado no Jornal de Santa Catarina no dia de hoje.

A verdade sobre a reconstrução

Tenho acompanhado as afirmações sistemáticas da prefeitura de Blumenau sobre a burocracia e sobre o “dinheiro que não chega” para a reconstrução. De duas, uma: ou está agindo de má-fé ou não tem acompanhado o processo de reconstrução da cidade.
Pois, senão, vejamos.
Em julho de 2009, realizei visitação a todas as grandes obras de reconstrução. Busquei os valores oficiais, as empresas contratadas e conclui um relatório que está à disposição da comunidade. O relatório contém os valores e as empresas contratadas. Todas as obras que encontrei foram financiadas pelo governo federal e executadas pelo governo do Estado.
São elas: 1) Pontes das ruas Capinzal (em construção), Manaus/Alameda, Carlos Roesel, Euclides Antonio de Souza, Carlos Pagel, Felipe Jensen, Itororó, Kurt Jacobs, Santa Maria com a Helmuth Goll, Soldado M. Pinheiro, Helmuth Trapp, Santa Maria com a Bruno Schereiber, Catarina Abreu. 2) Recuperação de ruas, encostas e muro de arrimo das rua Hassenfeld, Udo Deeke, João Francisco da Luz, Adriano Curi, José Bonifácio, Progresso, Via Expressa, República Argentina, Bahia, Stuttgart, Oscar Buerger, Henrique Reif, Amazonas, Silvano Cândido da Silva, Santa Fé, Petrolândia, Copacabana, Emílio Tallmann, Carlos Kath, Bruno Schreiber, João Sabino de Souza, Franz Muller, Julio Heiden, Hermann Huscher, Uruguaiana, Santana, Missões, 2 de Setembro, Pedro Francisco Cordeiro, Trevo do Sesi. 3) Recuperação de escolas estaduais como, por exemplo, Padre José Maurício, Celso Ramos, Isolete Muller – para citar só as do Distrito do Garcia.
Além destas obras, tem a recuperação do Trevo do Sesi, de escolas municipais e de unidades de saúde. Tem o projeto Minha Casa Minha Vida, com mais de 2 mil unidades sendo construídas com dinheiro federal através da Caixa Econômica. Até para adequação das moradias provisórias – R$ 5 milhões vieram, dos quais R$ 1 milhão foram devolvidos pois não conseguiu gastar. Tem também os R$ 1,3 bilhão liberados pelo FGTS – e somente em Blumenau 330.377 pessoas receberam R$ 476,6 milhões.
Aqui não citei os recursos que vieram para emergências. Estes milhões foram para a reconstrução, não estou falando dos recursos para a educação, saúde, assistência social, esgoto e para outros fins, que chegam diuturnamente aos cofres da prefeitura, comprovadamente com aumento significativo nestes últimos cinco anos.
Em contrapartida, se quisermos, por exemplo, as faixas de segurança pintadas, uma ação tão simples de competência da prefeitura, só com ordem judicial.

MARIA EMILIA DE SOUZA|Assistente social