quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Jefferson: ‘JN facilitou a vida para o meu candidato’

Folha

Depois de Lula ter dito que faltou “gentileza” de Willian Bonner para com Dilma Rousseff, Roberto Jefferson concluiu que sobrou “facilidade” para José Serra.

 

Terminada a entrevista do presidenciável tucano ao "Jornal Nacional", Jefferson plugou-se à internet.

 

Pendurado no twitter, anotou: “William Bonner e Fátima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele”.

 

Um internauta discordou: “Desculpe deputado, mas esse seu comentário não é oportuno. Pegaram leve? Pelo contrário, o Serra é que se saiu muito bem!”

 

Jefferson manteve a avaliação: “Escrevo para meus leitores sem paixão. Compare a inquirição da Dilma e a do Serra”.

 

Em resposta a outro interlocutor cibernético, Jefferson como que ecoou o desafeto Lula:

 

“O Bonner e sua Fátima amarelaram perante o Serra. Foram violentos com Dilma e Marina”.

 

“O que você achou das citações ao seu nome no JN?”, perguntou outro internauta. E Jefferson, seco: “Faz parte da luta”.

 

Para Jefferson, faltou-lhe a companhia do ex-demo José Roberto ‘Panetone’ Arruda: “O Bonner me fez de Judas. Mas não falou do Arruda”.

 

Acrescentou, em timbre lamurioso: “O Bonner sempre me desancou. Hoje disse que eu fui condenado. O que não e verdade”.

 

Nesse ponto, Jefferson equivocou-se. Bonner não fizera referência a condenação judicial. Apenas realçara o fato de o PSDB de Serra tê-lo "condenado”.

 

Algo que, numa de suas notas, ele próprio referendou: “O Bonner falou uma verdade: o PSDB se associou ao PT na minha cassação. Isso ficou no passado”.

 

Outro internauta estranhou que Bonner tivesse questionado Marina Silva sobre o mensalão e poupado Dilma do tema. “Ficou com medo de perguntar?”

 

Jefferson livrou a face de ambas: “As duas nada tem a ver com o mensalão”.

 

Para o presidente do PTB, Serra soube aproveitar o "refresco" que lhe foi servido no telejornal. Aprovou o início: “Começou bem, sorrindo para a câmera, ou seja, para o povo”.

 

Apreciou a estocada em Dilma: “Serra falou com propriedade: garupa não manda na rédea”.

 

Resumiu o desempenho final: “Serra mostrou a nítida superioridade que possui em relação a Dilma. E o fez serenamente”.

 

Minucioso, avaliou até o figurino: “A roupa de Serra muito bem escolhida. Terno azul, camisa branca, gravata vermelha”.

 

Aparentemente, Jefferson ficou desgostoso apenas com o fato de Serra não ter saído em sua defesa.

 

Absteve-se de assumir a contrariedade. Mas cuidou de replicar a mensagem recebida de um de seus seguidores no twitter:

 

“Parece que você é o culpado pelo mensalão e não o denunciante. Serra tinha obrigação de esclarecer esta questão”.

 

“O futuro o que lhe reserva?”, quis saber outro internauta de Jefferson, um dos réus do processo mensaleiro que corre no STF.

 

Ao responder, Jefferson deu a entender que não espera receber dos neoaliados solidariedade: “Meu caminho é solitário. Minha história eu escrevi só”.

 

Fechou o bloco de notas sobre a entrevista com comentário dirigido a um internauta que o elogiara pela “coragem”.

 

Escreveu o interlocutor de Jefferson: “Gracas à sua corragem, o Brasil não foi saqueado por completo. Essa turma veio para liquidar com o cofre”.

 

Jefferson borrifou na tela do computador gotas de fel: “Pior do que liquidar o cofre, o PT veio para liquidar a democracia”.

 

Mais não disse nem escreveu. Nenhuma palavra, por exemplo, sobre a valeriana de mais de R$ 4 milhões que admitiu ter recebido do cofre clandestino.

 

Lá atrás, em depoimentos e entrevistas, dissera ter rateado a grana no PTB. Para quem? Não disse ontem. Não diz agora.

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