quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Greve dos peritos do INSS tem 70% de adesão em Santa Catarina

Paralisação continua por tempo indeterminado em todo o Brasil

A perícia médica previdenciária continua paralisada por tempo indeterminado em todo o Brasil. Segundo o integrante do comando de greve da região Sul do país Alexandre Sfair, em Santa Catarina a adesão chega a 70%. Os médicos trabalham em forma de rodízio para manter um efetivo de 50% e, assim, atender a solicitação da Justiça.

A manutenção da paralisação foi definida pela categoria nesta quarta-feira, em assembleia ocorrida em Brasília. Os participantes consideraram insuficientes as propostas recebidas pelo governo.

— A greve serve para mostrar à sociedade que o INSS mascarou as filas reais com as filas virtuais. Trabalhamos em uma carga extrema. Precisamos realizar em torno de 24 perícias por dia e não temos tempo de realizar os exames de forma mais minuciosa — expõe Sfair.

A principal reivindicação da categoria é a regulamentação das duas horas de atividades diárias, fora das seis horas ininterruptas de atendimento pericial nas agências. A Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) divulgou que, com a paralisação, mais de 300 mil novos pedidos de auxílio-doença estão parados.

As perícias diárias foram reduzidas e o tempo médio de espera para remarcações é de 36 dias ou mais, dependendo da localização. Os peritos estão priorizando idosos, gestantes e pessoas que estão se recuperando de cirurgias e com dificuldades de locomoção.

A assessoria do INSS em Brasília informou que não há nova reunião agendada com a categoria para tentar negociar o fim da greve. A Previdência entende como inviáveis as exigências dos peritos, visto que comprometeria o atendimento à população.

DIÁRIO CATARINENSE/JSC
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