Esquema certificava aulas práticas que alunos não faziam
Diretores de autoescolas do Sul de Santa Catarina foram indiciados pela Polícia Civil e podem sofrer ações na Justiça por falsidade ideológica, corrupção e falso testemunho. Eles são suspeitos de participação em um esquema que certificava aulas práticas sem que elas fossem feitas pelos alunos.
De acordo com o delegado em Orleans, Ulisses Gabriel, pelo menos três pessoas que procuraram uma autoescola na cidade para mudar a categoria da carteira de habilitação não fizeram as aulas e conseguiram a alteração.
Os alunos teriam de fazer aulas de direção de carreta e para isso eram encaminhados para uma autoescola em Criciúma, que possui o veículo. Eles teriam pago pelas aulas e conseguido a alteração, mesmo sem fazê-las.
O caso foi denunciado à polícia em abril deste ano. Após investigação, ficou constatado o envolvimento de pelo menos quatro pessoas no esquema.
Dois responsáveis pela emissão dos certificados na autoescola de Criciúma e um responsável por preencher o controle das aulas foram indiciados por falsidade ideológica. Segundo o delegado, o crime se configura porque eles participavam da emissão de um documento que dizia que o aluno tinha o conhecimento prático daquele veículo, sem tê-lo.
Um diretor de autoescola também foi indiciado por corrupção ativa, pois teria oferecido vantagens para uma testemunha do inquérito mentir que teve as aulas. O diretor de outra autoescola, de Orleans, foi indiciado por falso testemunho, pois, segundo o delegado, ele sabia do esquema e negou. Nos próximos dias, a polícia encaminhará o caso ao Ministério Público.
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